“Bah! Humbug!. Essas duas palavras são imediatamente associadas ao anti-herói fictício e imortal de Charles Dickens, Ebenezer Scrooge. Scrooge foi o protótipo do Grinch que roubou o Natal, o paradigma de todos os homens céticos.

O Natal é uma data comemorativa, de fato o feriado mais feliz do mundo. É chamado de um “holiday” [literalmente, dia santo] porque o dia é sagrado. É um dia em que as empresas não abrem as portas, as famílias se reúnem, as igrejas estão cheias e os soldados baixam as suas armas para uma trégua de 24 horas. É um dia diferente de todos os outros dias. Ouvimos intermináveis queixas sobre o comercialismo. É dito constantemente para trazermos Cristo de volta ao Natal. Ouvimos dizer que a tradição de papai noel é um sacrilégio

É evidente que o Natal é uma época comercial. As lojas de departamentos ficam totalmente decoradas, as páginas publicitárias dos jornais crescem e marcamos o número de dias de compras que faltam até o Natal. Mas, por que todo o comércio? O alto grau de comércio no Natal é impulsionado por uma coisa: a compra de presentes para outros. Presentear nossos amigos e familiares não é um vício feio e desprezível. Isso encarna o amorfo “espírito do Natal”.

“Que tal trazer Cristo de volta ao Natal?”. Isso simplesmente não é necessário. Cristo nunca saiu do Natal. “Bate o Sino” nunca substituirá “Noite Feliz”. Nosso feriado que uma vez foi conhecido como Dia de Ação de Graças está rapidamente se tornando conhecido simplesmente como “Dia do Peru”. Porém o Natal ainda é chamado de Natal. Não é chamado de “Dia do Presente”. Cristo ainda está no Natal, e por um breve momento um mundo secular transmite a mensagem de Cristo em cada estação de rádio e canal de televisão na terra. A igreja nunca recebe tanto tempo disponível para expressar-se quanto durante a temporada de Natal.

“Papai noel não paganiza ou pelo menos banaliza o Natal? Ele é um mito, e sua própria mitologia lança uma sombra sobre a séria realidade histórica de Jesus”. De maneira nenhuma. Mitos não são necessariamente ruins ou prejudiciais.

Nós celebramos o Natal porque não podemos erradicar de nossa consciência a nossa profunda atenção à diferença entre o sagrado e o profano. O homem, no sentido genérico, tem uma propensão incurável para delimitar o espaço e o tempo sagrados. Quando Deus apareceu a Moisés na sarça ardente, o chão que antes era comum de repente tornou-se incomum. Agora era terra santa, um espaço sagrado. Quando Jacó despertou de sua visão noturna da presença de Deus, ungiu com azeite a rocha sobre a qual descansava a sua cabeça. Esse era um lugar santo.

Nunca houve um lugar mais santo do que a cidade de Belém, onde o Verbo se fez carne. Nunca houve um tempo mais santo do que a manhã de Natal, quando nasceu Emanuel. O Natal é uma data comemorativa. É a mais santa das datas santas. Devemos prestar atenção ao alerta de Jacob Marley: “Não seja um Scrooge” no Natal.

R. C. Sproul

Tradução: Camila Rebeca Teixeira
Revisão: William Teixeira
Original: Don’t Be a Scrooge This Christmas
Texto Estendido: Fonte

Todos na infância já ouviu de alguém - geralmente da mãe - que "você não é todo mundo". Isso veio em resposta a algo que você desejou ter pois todo mundo tinha. Outra resposta bastante comum é a mãe dizer que você já tem muito brinquedo e não precisa de mais. Eu sei que você se identificou ai.

Esse sentimento de insatisfação não é fruto não de falta de 'algo', mas 'daquilo'. Não é falta de um carro, mas por não ter AQUELE carro. Não estou dizendo que nós não devemos procurar o melhor pra gente. A minha chamada é valorizarmos o que já temos porque pode ser o suficiente para nos manter equilibrados quando falamos de dinheiro, vida relacional, etc.

Temos então pelo menos três motivos que nos levam a ter esse sentimento de insuficiência:

Comparação

Você já deve ter ouvido aquele ditado "a grama do vizinho sempre é mais verde que a nossa". Como na trama descrita logo no começo desse texto, abordei uma situação que toda criança passa de desejar o brinquedo da moda. A mãe não entende que o que você não precisa de um brinquedo, você precisa DAQUELE brinquedo pois todo mundo tem, só você não. Isso acontecia também com materiais escolares na minha infância. Eu tinha lápis de cor, mas nunca foi da Faber Castell. 

Levando ao campo relacional é comum alguém pensar "porque eu ainda estou com essa mulher?" quando vê que a mulher do outro é "tudo" o que a sua não é. Isso vale equivalemte ao gênero. Porém, as pessoas mudam apenas de nome e endereço. São as mesmas, mas com gostos e prioridades diferentes. Não é preciso outro par, é preciso outro olhar e uma procura de como aquilo pode ser melhorado (se é que precisa).

Expectativa

O segundo motivo é esperar algo, geralmente pensamos bastante alto, enquanto a realidade nos frustra. O problema muitas vezes não é o resultado, mas o que você esperou que seria. Falei um pouco disse no artigo Não Assista o Filme da Liga, quando argumentei a respeito do que as pessoas esperavam do filme. Quem não esperando nada, amou o filme.

Lei da Ação e Reação

Por ultimo temos a famosa Terceira Lei de Newton que diz: “A toda ação sempre há uma reação [...]". Aqui ele falara em relação a física, mas podemos sim usar pra justificar algumas de nossas ações. Se não estamos semeando aquilo que pretendemos é certo que não colheremos. Lógico!

"Em tempos de crise, alguns choram, outros vendem lenços". UAU! Momentos de dificuldade todos vamos passar, e, o que ecoa em nossos ouvidos é: O que estamos fazendo em relação a isso? Devemos buscar em nossas práticas habituais, até mesmo as mas sutis, e observar se isso está nos levando ao objetivo final esperado.

Ser grato na vida não está relacionado somente no que temos ou alcançamos mas muito mais na forma que há encaramos. É preciso nos policiar enquanto a esses três motivos para não vagarmos no mal da insatisfação. O que estamos fazendo em relação a isso?

Em nossa geração hoje cada dia mais "nerd", mais conectada a tecnologias e mídias cinematográficas, apaixonada por séries e filmes, criou um conceito chamado spoiler que tem origem no verbo spoil de origem inglesa, que significa estragar, que em outras palavras, é contar sobre fatos que aconteceu sem que a outra pessoa tenha assistido como por exemplo, contar o final de um filme.

O que pra maioria é terrível saber um spoiler, há quem goste ou nem importe de saber das coisas antes de "assistirem". Para Sheldon Cooper, personagem da série Big Bang A Teoria, dizer que o filme ou o episódio é ruim já é um spoiler, o que é justamente o que concordo.

Indo direto ao assunto, antes de assistir ao novo filme da Liga da Justiça (a foto diz respeito a um antigo filme transmitido em 1997, cujo a intenção de estar aqui foi apenas artístico), muitos amigos antes irem ao cinema encontrou em vários sites críticas ruins sobre o filme. Eles foram, e, no dizer deles, só confirmou o que já leram. O estranho é que, o mesmo tempo, outros chegaram na sessão totalmente "limpos" de opiniões, que não viram a crítica ou não compararam o filme com nenhum outro de herói gostaram de mais! Como entender isso?

Nossa opiniões e gostos são originadas por sensações diferentes. O que me faz pensar que até o que chamamos de gosto ou a jeito de pensar é formado pela opiniões de pessoas importantes ao longo de nossas vidas e de como aquilo me atinge naquele exato momento. Pra isso depende de como estou como pessoa física e mental. Várias informações e sensações ao nosso redor é o que nos fazem julgar tudo.

Concluindo, se já estou esperando algo negativo, dificilmente aquilo me surpreenderá. Se comparo a outros, nunca terá o mesmo tom, a mesma intenção. Então, antes de julgar qualquer coisa, vá com coração bom, sempre! Acredite que uma pessoa, situação, filme, evento, seja o que for será bom! Ou pelo menos tente enxergar o lado bom de tudo isso.

Compreende-se que existem vários fatores sobre qual pode levar alguém ao suicídio, incluindo a ausência de significado. No período da adolescência por exemplo, a fase das descobertas, a falta de propósito e pressões dos país, colegas entre eles é muito comum. Isso é um dos motivos em que a taxa de suicídio entre eles é maior do que entre os adultos segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). A igreja muitas vezes se torna terapêutica para esses casos. Conheço relatos também de pessoas que foram curadas desse pensamento apenas lendo a Bíblia e descansando no cuidado de Deus.

A série 13 Reasons Why (Por Treze Razões), mostra a vida de uma garota chamada Hannah Baker que se suicidou pelo motivo de bullying e rejeição entre colegas e amigos. Talvez nessa situação, uma convivência saudável com a igreja e clareza do evangelho poderia salvá-la desse mal.

Mas mesmo nesse caso da Hannah, será que esse foi o real motivo do suicídio dela (na série) e de muitos jovens hoje, ou apenas fomentou algo que já havia neles mas não foi devidamente tratado? Teríamos que avaliar cada um. Isso nos alerta que há outros motivos que podem levar alguém a tirar sua própria vida. Entre eles diz respeito a perda seu equilíbrio emocional, traumas, depressão, uso de substâncias químicas (álcool, drogas), histórico de suicídio na família ou fator biológico (desequilíbrio químico).

Assuntos então sobre suicídio e depressão não podem ser tratados apenas como problemas espirituais, egocentrismo ou "frescura", mas como doença que precisa ser devidamente tratada. O psicólogo cristão Dr. Gary Collins comenta em seu livro 'Aconselhamento Cristão' que pessoas com depressão e propensas ao suicídio não podem ser aconselhadas de curarem esse mal apenas com oração e leitura bíblica, isso pode piorar o caso considerando que a mesma não tem estímulos para fazer tais coisas ou a mesma pode ficar frustrada por fazer conforme e não obter resultados esperados.

Outros tem usado o recurso de que tal pessoa não pode suicidar-se porque é pecado. Isso só aumentará a dor e seu senso de inutilidade, fracasso e culpabilidade a alguém que não está em seu perfeito juízo. Seremos duramente irresponsáveis ao fazer isso. Saiba que isso não irá levá-la pra Jesus, mas para um quadro pior que estava. Para falar sobre esse assunto, não podemos levar em consideração apenas artigos teólogos, mas uma abordagem maior com pessoas específicas nesse assunto por também ser um assunto bem complexo. Os pais e as igrejas precisam compreender esse e qualquer outro assunto em sua amplitude para que possam ser mais eficientes e objetivos como mão educadora e curadora para nossa humanidade.

Li recentemente uma frase de Karl Marx sobre o capitalismo. Segundo o mesmo, pela valorização das coisas, pela ideia de que quanto mais comprarmos algo mais felizes e realizado seremos, estamos também comprando a ideologia que o valor de alguém está atrelado ao que ela tem, ou como ele mesmo disse, estamos "coisificando" o homem. Percebemos isso muito mais em nossa realidade atual.

O tempo todo gente comprando um celular modelo novo, mesmo não conhecendo às funcionalidades dele; gente postando foto com roupas de grandes marcas, carro, moto, bebidas caras, festas caras, lugares caros, viagens caras tudo de mais caro e com ele a sua própria cara, tentando mostrar o seu valor combinado ao que tem.

O filósofo Luiz Felipe Pondé um dos maiores pensadores contemporâneos comenta por exemplo que a Internet é grande mercado de visibilidades onde cada um quer vender a si mesmo para público e não revelar quem é.

Ouve um caso na Rússia em que duas pessoas criaram um personagem em uma rede social, e este postava várias fotos em cenários de luxo, lugares exóticos e ostentando riqueza para transparecer que ele era milionário. A experiência teve alcance de milhares de seguidores e visualizações ficando assim famoso na internet. Depois o ator surpreendeu à todos quando se expôs na rede dizendo que era apenas uma pessoa comum e que aquele perfil era falso e não passava de uma experiência.

Não podemos deixar uma ideologia econômica mudar nossa maneira de ser e de se relacionar. De jeito nenhum podemos vender nossos valores e enxergar às pessoas dessa maneira em nossa volta.

Quem não conhece pessoas que se relacionam por causa do interesse financeiro e status. Vivem escravizados em uma relação vazia e aparente somente por causa dos valores monetários da outra.

Finalizando com uma frase de Augusto Cury para realçarmos sobre o lugar em que às coisas devem ter em nossas vidas:
"O dinheiro compra bajuladores, mas não amigos; compra a cama, mas não o sono; compra pacotes turísticos, mas não a alegria; compra todo e qualquer tipo de produto, mas não uma mente livre; compra seguros, mas não o seguro emocional."

Não. O título não está errado. Esse artigo são paras as pessoas que estão cansadas de estar felizes, sem stress, confortáveis, pacientes e educadas e querem se aventurar em um dia ou um bom tempo mal-humoradas.

Durma tarde e acorde cedo.
De modo prático e não tão científico você com certeza acordará com sono. Ter pouca horas de sono deixará seu corpo ainda cansado. Sua mente estará tralhando como normalmente. Haverá perda de concentração e memória. Já temos uma boa bagagem para um dia mal.

Ande com pessoas mal-humoradas.
Não é difícil achar alguém que reclama de tudo, discute com tudo e não está satisfeito com nada. Elas não tem percepção de mudança, são imparciais e leva a vida generalizando tudo. Esse tipo de pessoa tem algumas frases na ponta da língua como: "Bandido bom é bandido morto". Esse tipo pode ser encontrado em qualquer esquina, comercio ou até dentro da sua casa. Na medida que você se relacionar com ela está compartilhando os mesmos assuntos. Está atento a tudo que acontece de errado na sociedade e estará conhecendo mais pessoas que tem as mesmas ideias. Não irá demorar até ser um indignado também.

Culpe tudo, menos você.
Pra fechar o mais importante. Deposite toda a razão de estar de mau humor nas circunstancias e nas pessoas. Se estiver doente, desempregado, sendo pressionado. Se estiver naqueles dias ou se sua mulher tiver naqueles dias. Culpe o transito. Culpe o carro. Culpe seus pais, seus filhos, até mesmo seu dog. O mal humor de como você lida com os problemas. Se você ver os problemas como uma oportunidade pra crescer, pra superar conseguirá ver uma esperança, um rumo, um sentido. O que nos atingi, seja positivo ou negativo, depende da forma e significado que você atribui naquilo.

Concluindo, colocando a culpa em nós vai revelar nossa dificuldade de se alegrar em meio as tribulações e uma vez que não acha a doença, não acha a cura. Portanto, se quer continuar grilado da vida culpe tudo!

Temos uma pratica quase que involuntária de analisar as pessoas a partir de reações. Pequenos detalhes habituais pode demonstrar o que ela sentiu naquele momento ou quem decifrar sua personalidade. Não é dificil ver uma mulher que logo ao uma pessoa dizer: "Essa ai não me engana, conheço esse tipo de gente", não é mesmo?

A forma que tratamos o trabalho, as pessoas, as situações cotidianas pode refletir quem somos, isso é verdade, só que apenas em parte. A verdade é que em grande parte das vezes julgamos as pessoas a partir do que somos! É! A maneira que vivemos vai nos definir um padrão de existência e assim filtrar as pessoas a partir dele. Um erro, repito mais uma vez, quase que involuntário, inconsciente.

Ora, o que fazemos vai depender de uma série de outros fatores que me faz gerar uma pratica. Depende o dia, eu posso ter uma ação totalmente diferente naquela mesma situação. Nos movemos de acordo com o que sentimos, pensamos, impulsionamos, somos pressionados interna ou externamente, ou como somos habituados, treinados e ensinados.

Já parou pra pensar quantos erros cometeu só por estar com raiva ou carente? São sentimentos que neutralizam a logica de lidar com as coisas.

Em suma, não dá pra julgar alguém só a partir do que ela faz. Se você é alguém que quando ama faz 'assim', não pode dizer que o outro não sente o mesmo só porque faz 'assado'. Vocês não são iguais. É aonde muitas vezes não entendemos as pessoas quando falam algo mas fazem outra. Ela não fez outra coisa, só fez diferente de como imaginávamos. Esperamos que as pessoas hajam como nos.

São as particularidades que mostram nosso poder de escolha, a capacidade de sermos humanos pensantes, ativos, livres. O nosso papel é saber lidar com todas diferenças. Ame, se ajunte. Conecte!

Charles Spurgeon diz que "nossa intimidade com Deus nos torna pessoas mais felizes". Isso é uma grande verdade. Quanto nós estamos entorpecidos com tanta coisa, buscando as mais variadas coisas que o mundo pode oferecer, procurando em outros horizontes a verdadeira satisfação na criação que somente encontramos em nosso criador.

Um piedoso sábio seguidor de Jesus, Paulo de Tarso, disse certa vez que Nele (Cristo) estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Disse também que Ele é antes de todas ás coisas, e nele tudo subsiste; e que tudo se converge nele, tantos as celestiais quantos terrenas.*

No mundo, nosso Pai nos deu infinitas coisas para termos e desfrutarmos, mas elas nunca são um fim nelas mesmo. Na verdade a beleza e a glória deste mundo reflete uma ainda maior, a do próprio Deus.
Que paramos de perder nossos dias e corramos para Aquele que sustenta e completa todas ás coisas, aos quais sem Ele, nada do que existe seria feito e tudo só ganha sentido e entendimento Nele.


* Colossenses 1.17; 2.3; Efésios 1.10