Cuidado ao Projetar o Novo Ano


Vivemos a espera do sobrenatural, algo forte que me impulsione com uma força incrível, pois só algo incrível pode nos mudar. Não é o que realmente queremos. Desejo, mas não quero. Por isso não crio hábitos. Faço planejamentos. Tenho uma intensão. Nada mais que isso.

É o mesmo da síndrome da dieta de segunda. Se passa a semana toda pensando, planejando, preparando, anunciando, mas se conseguimos fazer muito, será apenas na segunda. A desculpa é que aquele não era o momento, afinal, esse era a semana que do aniversário da minha mãe talvez, que não poderia fazer desfeita.

Entramos no ciclo vicioso do NÃO FAÇO NADA > ME SINTO CULPADO > DESEJO DE MUDANÇA > NÃO FAÇO NADA...

Somos seres que colocam expectativas em coisas e em pessoas. Não nos movemos com o vento, e sim com eventos. Quantos de nós não saímos motivados em uma palestra, culto ou qualquer que seja a reunião?

O planejamento é proveitoso quando não se é utópico, algo longe da realidade. Só irá nos tirar qualidade de vida fazendo de nós gente ansiosa no presente e aptos a se frustrar no futuro. Mais culpa acumulada.
"Trate esses “lugares futuros imaginários” apenas como referência para a maneira como você vive hoje – faça valer a caminhada: se você chegar lá, chegou, se não chegar, não terá do que se arrepender. A felicidade não é um lugar aonde se chega, mas um jeito como se vai." - Ed René Kivitz
NÃO TEM JEITO! Os passos são pequenos. Crescemos lentamente, vencendo áreas, perdendo outras, aprendendo tantas.