Lembro que na semana do seu falecimento, a minha mensagem na reunião de amigos foi sobre ele. Um ano de tantas perdas da nossa cultura brasileira, um velhinho esperto, negro, sempre de terno mas alma humilde de menino, Jair Rodrigues, nos deixo. Sempre cresceu aos meus olhos desde infância. Ele não só apenas fez uma bela carreira como aguou outras flores pra desabrochar. Elis Regina é um exemplo. Forneceu também várias composições que viraram hits consagrando outros artistas como a canção "A Majestade - O Sabiá" e "Disparada".
Seu maior sucesso "Deixa Isso Pra Lá", sempre me chamou muita atenção. É uma afirmação de rebeldia a opinião dos outros. É um esforço sobe a contradição de um argumento que atrapalhe o amor, o afeto. Observei que Jesus sempre fazia isso.
Logo no começo do Evangelho de Mateus ele ensinou que o relacionamento com Deus é secreto não importando com o reconhecimento dos outros, algo não publico como fazia alguns esperando o aplauso e a confirmação dos outros. Vejo ele "desprezar" a mãe no meio de uma reunião logo após ser chamado por pra voltar pra casa. Vejo ele bebendo e comer com os os pecadores chegando a ser chamado de beberrão. Vejo ele defendendo os seus seguidores após ser flagrado pelos religiosos da época por comer com as mãos sujas.
Vejo ele puxando uma conversa com uma mulher pertencente a um povo "rival" ao seu, e que já havia tido vários homens elevando ainda mais seu repudio. Vejo ele curando no sábado. Vejo ele ser avisado da doença grave de seu amigo, e seguindo em frente sua viagem para só depois de dois dias voltar lá, já pra o ressuscitar.
Vejo ele não se defender diante Potifar, César e o Publico diante aos sarcasmos e as injúrias contra ele. "deixe que digam, que pensem, que falem!"
Porque ele fazia tudo isso? Porque ele causou tanto alvoroço naquele tempo? Por que ele sabia o que estava fazendo. Ele sabia porque e por quem ele veio. Como vemos ai, pra amar nos sacrifica a reputação, o bom senso, a opinião dos outros. "...Balanço de amor é assim".