Eu vou contar o que é uma tragédia. Vou mostrar como desperdiçar sua vida. Considerem a história que saiu na revista Reader’s Digest de fevereiro de 1998: “cinco anos atrás um casal se aposentou antecipadamente, ele tinha 59 anos e ela 51. Hoje eles moram numa cidade litorânea na Florida, onde passeiam em seu iate, jogam softbal e colecionam conchas.” À primeira impressão, pensei que fosse alguma piada sobre o Sonho Americano, mas não era. Tragicamente, esse era o sonho: chegar ao fim da vida – a única e preciosa vida que Deus deu – e fazer com que a grande obra dos seus dias, que será apresentada diante do Criador, seja essa: jogar softball e colecionar conchinhas.
Imagine este casal diante de Cristo no dia do Grande Julgamento: “Olhe Senhor, minha coleção de conchinhas.” Isso é uma tragédia. E as pessoas tem gastado milhões de dólares persuadindo você a sonhar com essa tragédia. Contra isso, eu coloco meu protesto: Não compre essa idéia. Não desperdice sua vida.
Você pode não ter certeza se quer que sua vida faça diferença. Talvez você não se importe em fazer diferença por amor a algo grande. Você só quer que as pessoas gostem de você; se as pessoas estiverem a sua volta você estará satisfeito. Ou se você pudesse ter um bom emprego, uma boa esposa ou marido, algumas crianças, um carro legal, longos finas de semana com uma meia dúzia de amigos, uma boa aposentadoria, uma morte rápida e “fácil” e não ir pro inferno – se você pudesse ter tudo isso (mesmo sem Deus) – você estaria satisfeito. Isso é uma tragédia tomando forma, uma vida desperdiçada.
John Piper